Navbar

30 de maio de 2024

#TBT Samsung 04 - Os Galaxy importados que tive e que queria ter

[ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 30/5/2024]

NOTA DO EDITOR: Esta é uma série de relações postadas originalmente por Celso Vieira (CAVBR) no fórum do site Samsung Members, cujo conteúdo bem como os comentários relacionados são de responsabilidade dele.

Esse artigo não é sobre uma curiosidade específica, mas para relatar a experiência que tive utilizando alguns smartphones (e 1 tablet) da Samsung não vendidos oficialmente no Brasil.
Esses modelos apareceram por acaso, em uma feira de smartphones usados da minha cidade, que eu e minha família frequentávamos assiduamente há anos.

São esses:

Galaxy S4 (SCH-I545)
Esse Galaxy S4 que utilizei era da operadora norte-americana Verizon Wireless, e usei por poucos dias, no final de 2018, para emergência (era do meu irmão mais novo), e ele estava com o slot do SIM Card danificado, fora a tela estar bastante trincada.
Soma a esses problemas a ausência do suporte ao Português Brasileiro. Mesmo utilizando o MoreLocale, não surtia efeito nos apps da Samsung, além de prevalecer o idioma Inglês (mesmo tendo a opção do Espanhol).

Galaxy S5 (SM-G900V)
Esse Galaxy S5, coincidentemente também da operadora Verizon, utilizei no final de 2018, pouco antes do Galaxy S4, mas este estava funcionando perfeitamente, além de estar desbloqueado, e inclusive funcionando o 4G da Vivo mostrando o famoso ícone de 4G da Verizon.
Como era de se esperar, sua bateria era o ponto fraco. Mesmo utilizando outras baterias, não mudou muita coisa.
O MoreLocale, embora ainda fosse inútil na maioria dos apps da Samsung, agora deixava alguns em Português, como o Relógio.

Galaxy S5 Duos (SM-G900FD)
Esse eu não tive exatamente, mas minha mãe tinha, por isso coloquei só por curiosidade. A versão Duos até foi lançada no Brasil, mas o que a minha mãe teve, por incrível que pareça, não era a versão nacional, e sim da Arábia Saudita, e quase passou batido, se eu não tivesse visto que a firmware dele não era ZTO (mas era possível perceber que na tampa traseira, além de não estar indicado o "Duos", estava indicado "LTE" num logo diferente, e não "4G", como nos modelos brasileiros).

Galaxy Tab E 9.6 (SM-T560NU)
Sempre tive curiosidade de mexer nessa versão americana (tive o Tab E 9.6 brasileiro com Wi-Fi e 8 GB de armazenamento (SM-T560) em meados de 2016, que utilizei na minha faculdade), e eis que um dia, em meados de 2021, apareceu um Tab E 9.6 dessa versão (que vem com 16 GB de armazenamento), seminovo, no Facebook Marketplace (e seminovo mesmo, mal foi usado), e era de uma cidade vizinha, mas o dono trouxe até mim, com a caixa original, mas sem o carregador.
O tablet estava perfeito, sem marcas de uso. Até adquiri uma película de vidro, que o deixou ainda melhor.
Através do aplicativo Phone Info SAM, descobri que o modelo que adquiri era de um lote de 2019, o que achei bastante curioso, já que esse tablet foi lançado oficialmente em 2015.
Ele já estava atualizado no Android 7.1.1 Nougat com a Samsung Experience 8.5 e o patch mensal de segurança de Outubro de 2017 (bem mais recente que o do Tab E 9.6 brasileiro, que parou no de Dezembro de 2016) e tinha suporte perfeito ao Português Brasileiro.
A experiência de uso foi bem melhor que a do Tab E 9.6 brasileiro, mas em 2021, já tinham alguns pontos que me incomodavam bastante, como a falta de suporte de alguns apps da Samsung, a destacar, o de Email.
Pena que não durou muito comigo, já que deu problema no conector Micro USB.

Galaxy A6 (SM-A600FN)
Esse achei no Mercado Livre em meados de 2021 (pouco depois do tablet acima), e era da Espanha. Recebi com a caixa original, e até uma pequena nota fiscal de compra (tipo daqueles de supermercado mesmo) da loja espanhola (só não me recordo o preço que o antigo dono pagou, mas acho que era algo entre € 200 e € 300).
O A6 que peguei era na cor lavanda, que não era minha opção de cor preferida (já que era uma cor feminina), mas era bem discreta, quase num tom acinzentado (a foto acima ilustra bem), então não me incomodou muito (e também porque não tinha outro pra escolher).
O Galaxy A6 é basicamente o Galaxy J6 (SM-J600) vendido no Brasil, com um design e acabamento mais caprichados (eu só perdi a TV Digital que tinha no J6 brasileiro, mas ganhei 1 GB a mais de RAM).
Na época eu ainda tinha o costume de utilizar aqueles cases 360, que protegiam tanto a traseira (que era feita em acrílico) quanto a tela (já feita em plástico), que ainda estava com uma película de vidro.
O único defeito dele era que o SIM Card 1 não estava totalmente bom, mas funcionava.
Apesar dele ter sido atualizado para o Android 10 com a One UI 2.0, eu o recebi com o Android 9 e a One UI 1.1, e não o atualizei (naquela época, algumas mudanças da One UI 2.0 me incomodavam, e como meu smartphone anterior era um Galaxy J7 Prime 2, estava acostumado com a experiência de uso da One UI 1.1).

Antes de finalizar, queria ainda compartilhar alguns modelos não lançados no Brasil que me interessavam, e que até cogitei importar.

Galaxy S4 (SCH-I545)
Você pode estar estranhando ele na lista de novo, mas não há nenhum engano, e explicarei o motivo.
Pouco depois de ter utilizado o S4 comentado acima, adquiri um Galaxy S4 VE (GT-I9515), que curti bastante, mas tinha um problema chato: ele sempre avisava que o SIM Card tinha sido desconectado, e precisava reiniciar o aparelho. Por isso, não fiquei muito tempo com ele.
Os dois S4 que eu tive eram com 16 GB de armazenamento, que era meio que a quantidade padrão dele em qualquer parte do mundo.
Mas pouco antes dessa aquisição, me chamou a atenção que a mesma Verizon tinha um S4 mais interessante: com 32 GB de armazenamento.
Achei bacana, mas como essa versão era bem mais rara que a de 16 GB, até pra achar em loja gringa era complicado, então meio que desisti.
Nas minhas pesquisas para esse artigo, acabei descobrindo que teve um S4 VE também com 32 GB de armazenamento na Arábia Saudita, que era bem mais interessante, por não ter vínculo com nenhuma operadora, e possivelmente ter a opção do idioma Português Brasileiro (como o S5 Duos da minha mãe, coincidentemente do mesmo país, tinha).

Galaxy J3 Top (SM-J337)
Em 2019 eu tive o Galaxy J2 Pro (SM-J250), e foi uma experiência interessante, mas o fato dele ainda estar com o Android 7.1.1 Nougat e a Samsung Experience 8.5 com várias limitações (como não suportar a Galaxy Themes) me incomodavam bastante.
Nessa mesma época eu descobri que a Samsung lançou nos Estados Unidos um modelo visualmente bastante parecido: o Galaxy J3 Top.
Apesar do sufixo "Top" ser o oficial, na prática, ele era vendido simplesmente como Galaxy J3 (2018).
Seu destaque era já vir com o Android 8 e a Samsung Experience 9.0, e ele tinha suporte ao Galaxy Themes.
De resto, não era muito diferente do Galaxy J2 Pro, exceto pelo fato da saída de som ser na lateral (no J2 Pro era atrás, do lado da câmera).
Como nunca tinha comprado nada importado, não confiava muito no ebay, e não apareceu nenhum do tipo usado no Brasil (por quase ninguém no Brasil conhecê-lo, possivelmente), a ideia de adquiri-lo acabou ficando só na ideia, mesmo.

Galaxy J6 (SM-J600G)
Comentei acima que tive o Galaxy A6, que era basicamente um Galaxy J6 "gourmetizado".
Mas os 32 GB de armazenamento dele já eram um incômodo pra mim.
Eu já sabia que no Brasil a Samsung chegou a comercializar uma versão do J6 com 64 GB de armazenamento, que era algo que sempre me chamou a atenção mesmo antes de adquirir o A6.
Tentei adquirir um via Trocafone, mas quase sempre não tinha em estoque, e quando tinha, era muito mais caro que a versão com 32 GB.
Mas ainda havia um ponto que me incomodava nesse J6 mesmo com mais armazenamento: vir apenas com 2 GB de RAM (por isso o A6 ficou um pouco mais interessante, por já vir com 3 GB de RAM).
Daí descobri no GSM Arena uma versão bem mais bacana do J6, que é o dessa lista: ele vinha com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento.
Infelizmente essa versão só foi comercializada na Índia, o que tornou a tarefa de importá-lo ainda mais complicada.
Logo, ficou só no desejo, mesmo.

Galaxy A40 (SM-A405)
Em 2020, já durante a pandemia, adquiri um Galaxy A5 2017 (SM-A520) seminovo através da Trocafone. Gostava bastante do visual e acabamento dele, mas o tamanho não muito maior que o Galaxy J2 Pro era o que eu estava buscando. E nessa época, smartphones grandes não estavam no meu radar, então modelos como o Galaxy A30, embora tivessem TV Digital (recurso que me interessava, e ainda me interessa bastante), não eram bem do tamanho que eu curtia.
Daí descobri o Galaxy A40, que tinha basicamente as mesmas configurações do Galaxy A30, mas era do mesmo tamanho do Galaxy A5 2017.
Tentei adquiri-lo várias vezes. Até achei alguns anúncios no Facebook e no Mercado Livre, mas no final das contas, não deu certo.

Galaxy A20e (SM-A202)
Pelo Galaxy A40 não estar tão no meu alcance, cheguei também a considerar o Galaxy A20e, que era basicamente o Galaxy A20 (SM-A205) em tamanho reduzido.
Mas, pelos mesmos motivos do Galaxy A40, a ideia foi abortada.

Galaxy A41 (SM-A415)
Meu pai teve, em 2019, o Galaxy S9 (SM-G960), e o tamanho dele era bastante interessante, embora ele fosse um pouco maior que o Galaxy S5 (SM-G900) que ele tinha antes (e gostava bastante, e mesmo eu curtia mais o tamanho do Galaxy S5, que ele meio que resgatou adquirindo um Galaxy S10e (SM-G970), que ele ainda usa nos dias de hoje).
Posteriormente, já não via o tamanho do Galaxy S9 como tão grande assim, e na mesma época que tive o Galaxy A6 mencionado acima (que era basicamente do mesmo tamanho do S9), apesar de ainda preferir o Galaxy A40, me simpatizei com o sucessor dele, o Galaxy A41, justamente por não ser muito maior, e por ter o mesmo tamanho do A6 e do S9.
Sabia que aqui no Brasil ele era bem mais desconhecido que o Galaxy A40, então nem tentei buscá-lo muito.

Galaxy Tab A 10.1 (SM-T580)
Quando estragou o meu Galaxy Tab E 9.6 gringo comentado acima, por ter gostado da experiência de utilizar um tablet como uma tela secundária (algo entre o smartphone e o notebook), comecei a pesquisar por um substituto, e um que parecia ser um upgrade bacana foi o Galaxy Tab A 10.1 de 2016.
Ele até foi lançado no Brasil, mas na versão com S-Pen e 4G (SM-P585). Até o levei em consideração, mas tinha aquele desejo de pegar uma edição diferente (uma que não se via por aí, quase naquele princípio de exclusividade), e daí cogitei a versão sem S-Pen e Wi-Fi, que é a dessa lista.
Mas em 2022 a One UI já estava bem estabelecida, e pensando melhor, já não parecia ser uma boa ideia pegar um dispositivo ainda com Android 8 e Samsung Experience.
Daí acabei pegando o Galaxy Tab A 10.5 (SM-T595), que acabou sendo uma escolha mais inteligente, tanto que durou bastante comigo.

Galaxy XCover6 Pro (SM-G736)
Nunca liguei muito para os Galaxy XCover (até curtia o Galaxy XCover4 pelo tamanho similar ao Galaxy J2 Prime que tive em 2018, só que os 16 GB de armazenamento dele já não me agradavam), mas isso mudou quando a Samsung trouxe para o Brasil o Galaxy XCover Pro (SM-G715), em Outubro de 2020.
Assisti alguns vídeos, e até o vi em mostruário numa loja da minha cidade, e apesar de achá-lo interessante, não passava muito disso, por não curtir muito o seu visual cheio de bordas.
2 anos depois, meu irmão estava com um Galaxy A10s (SM-A107), e acompanhando preços de smartphones, descobri que o Galaxy XCover Pro estava, na ocasião, com o mesmo preço mais baixo que ele já tinha chegado aqui no Brasil (em meados de Junho de 2021, quando custou R$ 1259), e consegui despertar o interesse do meu irmão, que acabou o comprando.
Foi bem interessante ter alguém próximo com um smartphone que era de nicho, e que muita gente não conhecia. O meu irmão só não curtiu muito a bateria dele, que durava pouco mesmo em standby.
Depois de pouco mais de 1 ano, ele já tinha o desejo de pegar um smartphone com bateria maior. Daí acabei o convencendo a adquirir um Galaxy M34 (SM-M346). Só que eu também estava precisando de um smartphone (comprei um Galaxy A24 (SM-A245) em Julho de 2023, mas passei ele para a minha mãe 6 meses depois, que passou o Galaxy A12 (SM-A127) dela para o meu irmão caçula, cujo Galaxy J8 (SM-J810) estragou), e depois de ficar um tempo com um smartphone da Motorola que tinha sido emprestado, acabei ficando com o Galaxy XCover Pro dele. E a experiência foi bem interessante, especialmente pelos botões XCover na laterial e o superior.
Antes mesmo de tudo isso, o Galaxy XCover6 Pro já me interessava, pelas boas especificações de hardware (iguais a do Galaxy A52s (SM-A528), aparelho que eu também estava de olho, mas por já ser um pouco antigo, já não estava com preço interessante para adquiri-lo novo, e como não queria pegar um usado, desisti). 
Mas infelizmente ele não foi lançado no Brasil, e por mais que considerasse importá-lo, o preço dele não estava nada interessante. Então meio que suspendi a ideia.

Galaxy Tab S5e (SM-T720)
Depois de utilizar o Galaxy Tab A 10.5 que comentei anteriormente, comecei a perceber que o Android 10 e a One UI 2.0 já estavam me incomodando (principalmente alguns apps incompatíveis e a limitação do recurso de filtro de luz azul, que só era acionável, mas não configurável), e o fato de não ter uma Keyboard Book Cover e o suporte ao Modo DeX, me fez perceber que nenhum Galaxy Tab A atenderia a essas demandas (mesmo considerando o Galaxy Tab A 10.1 de 2019 (SM-T515), que parecia ser um sucessor bacana a esse meu Tab A 10.5), e daí resolvi recorrer aos Galaxy Tab S, mesmo não curtindo muito a ideia (eu evito os smartphones Galaxy S por serem caros, por serem exagerados para o meu uso, e por desvalorizarem bastante com o tempo, e também aplicava essa ideia nos Galaxy Tab S).
Mas achei um Galaxy Tab S que equilibrava um pouco o hardware do Galaxy Tab A 10.5 (perde um pouco em bateria), e tinha os recursos que eu procurava: O Galaxy Tab S5e.
Comprei o modelo lançado no Brasil (SM-T725) com suporte ao 4G, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento, usado, junto com a Keyboard Book Cover.
A experiência melhorou bastante com o Android 11 e a One UI 3.1, e experimentei o Modo DeX. Só que os 4 GB de RAM acabam sendo um grande problema ao utilizar esse modo, já que o desempenho piora bastante, além de não conseguir manter 2 ou mais apps abertos ao mesmo tempo, com recarregamentos constantes. Depois de experimentar umas 2 vezes, nunca mais utilizei esse modo, e a Keyboard Book Cover acabou ficando guardada, sem utilidade.
Mas gostei bastante do Galaxy Tab S5e, e apesar de cogitar futuramente adquirir o Galaxy Tab S6 (SM-T865), sabia também que lá fora o Tab S5e foi lançado com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento mas apenas com Wi-Fi, que é o modelo dessa lista.
Pesquisei um pouco pra ver se o encontrava, e mais uma vez, só achei no ebay, o que desencorajou bastante a empreitada.

Você já importou um smartphone ou tablet da Samsung? Ou comprou usado de alguém que importou? O que você pensa a respeito? Comente abaixo.

Se chegou até aqui, não deixe de dar uma olhada nos posts abaixo. Fique ligado no Blog de Bruno A. Vieira.

9 de maio de 2024

#TBT Samsung 03 - Os primeiros Galaxy A, Galaxy Fit, Galaxy J, Galaxy K e Galaxy M

[ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 9/5/2024]

NOTA DO EDITOR: Esta é uma série de relações postadas originalmente por Celso Vieira (CAVBR) no fórum do site Samsung Members, cujo conteúdo bem como os comentários relacionados são de responsabilidade dele.

No decorrer dos anos, a Samsung fez algumas reorganizações no seu catálogo de smartphones e tablets, acompanhando tendências da ocasião, buscando simplificar marcas, ou mesmo renovando conceitos, seja visando buscar um novo público, ou mesmo reconquistar um público que pode ter se desagradado com iniciativas anteriores.

E, nesse processo, propositalmente ou não, a Samsung acabou resgatando marcas que muita gente (e talvez nem ela) lembrasse que já tinha sido utilizada anteriormente, e até mesmo em um outro contexto.

Nesse TBT, irei apresentar cinco exemplos de marcas que conhecemos de um jeito, mas já tinham sido apresentadas de outro.

Galaxy A (SHW-M100S)

Antes da marca Galaxy A virar a bem sucedida família de aparelhos de entrada e intermediários em 2015 (e que segue até hoje, com a mesma estratégia desde a reformulação da série, em 2019), ainda no ano de 2010, a Samsung lançou, com exclusividade na Coreia do Sul, o primeiro Galaxy A, pouco depois do lançamento do primeiro Galaxy S (GT-I9000).
Vendo a foto, uma coisa que chama a atenção é a marca Samsung não estar estampada, e o mesmo ocorre na traseira, mesmo sendo um aparelho lançado na terra natal dela. A explicação é que, na época, a Samsung ainda trabalhava com a marca "Anycall" nos seus lançamentos de dispositivos móveis por lá, iniciativa encerrada no ano seguinte.
Além disso, ver a marca "Android" estampada na frontal do aparelho me remete uma sensação curiosa, já que aqui no Brasil, nessa época, muitos clones de smartphones da Samsung e de outras empresas chegavam ao Brasil estampando a marca Android dessa forma, e quem olhava, já sabia que não era um aparelho de boa procedência. Lembrando ainda que, ao redor do mundo, os aparelhos com Android nessa época ainda estampavam a marca "with Google" na traseira, diferente deste caso aqui.

Sobre o aparelho em si, sua tela era de 3.7 polegadas do tipo Super AMOLED (impressionante pra época) ele tinha 384 MB de RAM, 1 GB de armazenamento interno, e utilizava o chipset TI OMAP 3430. Tinha uma câmera principal de 5 MP e bateria removível de 1500 mAh. Na época, suas configurações o faziam um smartphone premium, embora o armazenamento interno não chegava nem perto do Galaxy S (que era de 8 GB).

Por fim, é importante destacar a sua semelhança com outro aparelho lançado meses depois, desta vez, de forma global: o Galaxy Apollo (GT-I5801). Embora ele fosse um pouco menor, o design e principalmente o formato do botão HOME era bem parecido. As especificações dele também eram inferiores, quase como se fosse um "Galaxy A Lite".

Galaxy Fit (GT-S5670)
Muito antes da Samsung utilizar a marca Galaxy Fit em smart bands (e atualmente até em um smart watch mais simples) levando o termo "Fit" um pouco mais a sério, em 2011, ainda quando o Android estava se popularizando, a Samsung lançou um smartphone com essa marca, voltado para o mercado de entrada, em que o "Fit" no nome era só aleatório, mesmo.
Esse modelo foi lançado no Brasil, com exclusividade pela operadora Claro, e era basicamente uma versão um pouco melhor do Galaxy Mini (GT-S5570), vendido de forma mais ampla.

Além do design mais elegante, o tamanho da sua tela até impressionava, se comparado com modelos lançados posteriormente da mesma categoria, como Galaxy Pocket (GT-S5300) ou Galaxy Y (GT-S5360): 3.3 polegadas, só perdendo para o Galaxy Ace (GT-S5830), que tinha 3.5 polegadas.
Com um chipset Snapdragon S1, RAM de apenas 280 MB (o Galaxy Mini era um pouco melhor) e armazenamento de 512 MB (mas só com 160 MB disponíveis para o usuário), é um aparelho que envelheceu mal em pouco tempo, embora na sua categoria, estava na média na época, e era até um pouco superior a outros aparelhos lançados pouco depois.
Sua câmera principal era de 5 MP, e sua bateria era de 1350 mAh, quantidade até interessante, considerando que Galaxy Pocket e Galaxy Y tinham bateria menor, mesmo lançados depois.

Ele foi lançado com Android 2.2 Froyo e, contradizendo a má fama da Samsung de não atualizar seus aparelhos naquela época, o Galaxy Fit foi atualizado para o Android 2.3.4 Gingerbread (só não chegou no 2.3.6, que até o Galaxy Ace recebeu).

Galaxy J (SGH-N075T / SC-02F)
Em 2013, dois anos antes do lançamentos do Galaxy J1 (SM-J100), Galaxy J5 (SM-J500) e Galaxy J7 (SM-J700) - os primeiros da bem sucedida família de aparelhos de entrada Galaxy J (que durou até 2018), a Samsung já havia utilizado essa marca em um smartphone curiosamente da mesma categoria de um Galaxy S.
Pra se ter uma ideia, ele tinha basicamente as especificações do Galaxy Note 3 (SM-N900): chipset Snapdragon 800, 3 GB de RAM, 16 GB de armazenamento, câmera principal de 13 MP e câmera frontal de 2 MP, mas com as mesmas dimensões, tela e bateria do Galaxy S4 (GT-I9500): 5 polegadas Super AMOLED com Gorilla Glass 3, e bateria de 2600 mAh.
Seu visual se destacava pelo botão HOME ter a mesma cor da traseira, que no caso dele, podia ser azul, branco ou rosa, sendo a moldura da tela sempre preto.

Até onde pesquisei, ele só foi lançado em dois países: Taiwan e Japão, o que explica por que poucos o conhecem.

Galaxy K (SHW-M130K)
Anos antes do lançamento do Galaxy K Zoom (que comentarei em outro TBT, mas basicamente era um Galaxy S5 (SM-G900) com lentes fotográficas que lembravam câmeras profissionais), a marca Galaxy K já tinha sido utilizada em um smartphone que tinha basicamente as mesmas especificações do primeiro Galaxy S, assim como o Galaxy A comentado anteriormente. Aliás, foi lançado meses depois do primeiro Galaxy A, e assim como ele, apenas na Coréia do Sul, o que explica a marca "Anycall" na frontal, embora esse já tivesse a marca "Samsung" na traseira.
O botão HOME dele lembra bastante o utilizado posteriormente no Galaxy Y, e visualmente ele até lembra um pouco o Galaxy Ace Advance, aqui lançado como Galaxy Ace Duos (GT-S6802).

Seu chipset era o Hummingbird (da própria Samsung, antecessor dos Exynos), o mesmo do Galaxy S, mas aqui um pouco mais potente, com 1.2 GHz contra 1 GHz. Tinha 8 GB de armazenamento, e câmera principal de 5 MP. 
Suportava TV Digital no padrão sul-coreano (similar ao Galaxy S, que aqui no Brasil também suportava TV Digital no nosso padrão), e a bateria era de 1500 mAh.

Galaxy M Pro (GT-B7800)
Em 2019, a Samsung trouxe os Galaxy M10 (SM-M105), Galaxy M20 (SM-M205) e Galaxy M30 (SM-M305), e eles continuam ganhando sucessores até hoje.
Mas 8 anos antes, a Samsung já tinha utilizado a marca Galaxy M, embora desta vez, de uma forma diferente.
Até onde pesquisei, não teve na época um aparelho chamado simplesmente de "Galaxy M", mas dois aparelhos "M alguma coisa".
O que veio primeiro foi esse, em Agosto de 2011, que pela foto, se percebe uma característica peculiar: ele tinha teclado QWERTY físico e até um botão direcional físico (num formato sensorizado, visto pela primeira vez no feature phone Ch@t 322 (GT-C3222), que fez algum sucesso no Brasil), mas ainda tinha tela sensível ao toque e executava o Android (no caso, o 2.3.6 Gingerbread).
Ele foi lançado junto com o Galaxy Y Pro (GT-B5510), que tinha a mesma proposta, mas era um pouco mais simples (seguindo a proposta do Galaxy Y principal).
Na verdade, o Galaxy M Pro pode ser visto como um sucessor do Galaxy Pro (GT-B7510). O motivo dele ter sido chamado de Galaxy M Pro ao invés de Galaxy Pro 2 é que é um mistério.

Ele tinha tela LCD de 2.66 polegadas, um chipset Single Core de 1 GHz da própria Samsung (mas não consegui confirmar o modelo exato). Também não se tem maiores informações de RAM e armazenamento, mas supostamente seja 512 MB e 2 GB, respectivamente.
Ele tinha uma câmera principal de 5 MP, e curiosamente também tinha uma frontal de 0.3 MP, pouco comum na época.

Galaxy M Style (SHW-M340)
Esse outro Galaxy M foi lançado em Janeiro de 2012, com exclusividade no mercado sul-coreano, e curiosamente pouco lembra o Galaxy M Pro.
Na verdade, se for olhar visualmente, ele lembra um pouco o Galaxy S Advance (GT-I9070), que aqui no Brasil foi lançado como Galaxy S2 Lite (GT-I9072).
Inclusive ele é pouca coisa menor que o S2 Lite, e tela parece ser a mesma: 4 polegadas Super AMOLED 480x800 pixels.

As especificações, no entanto, são um pouco mais simples: chipset Snapdragon S1 de 1 GHz (o S2 Lite utilizava o desconhecido NovaThor U8500, que já usava chip ARM mais recente), e armazenamento de 4 GB. A RAM não consegui confirmar, mas ou utilizava os mesmos 768 MB do S2 Lite ou menos.
A câmera principal era de 3.2 MP conta 5 MP do S2 Lite, a frontal era de 0.3 MP conta 1.3 MP, mas a bateria era um pouco maior: 1650 mAh contra 1500 mAh.
Assim como o Galaxy K, ele também tinha suporte a TV Digital no padrão sul-coreano.

Considerações Finais

Interessante perceber que todos os aparelhos desta lista são pouco ou nem um pouco conhecidos do grande público, e talvez isso tenha colaborado para a Samsung resgatar as suas marcas em aparelhos com outras propostas, mas sem provocar comparações.

Pra finalizar, uma última observação: poderia ter mencionado o primeiro Galaxy F, mas esse eu deixarei para comentar em um TBT dedicado a essa família de aparelhos, porque ele é um caso diferente dos desse artigo.
 
Se chegou até aqui, não deixe de dar uma olhada nos posts abaixo. Fique ligado no Blog de Bruno A. Vieira.