[ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 9/5/2024]
NOTA DO EDITOR: Esta é uma série de relações postadas originalmente
por Celso Vieira (CAVBR) no fórum do site Samsung Members, cujo conteúdo bem como
os comentários relacionados são de responsabilidade dele.
No decorrer dos anos, a Samsung fez algumas reorganizações no seu catálogo de smartphones e tablets, acompanhando tendências da ocasião, buscando simplificar marcas, ou mesmo renovando conceitos, seja visando buscar um novo público, ou mesmo reconquistar um público que pode ter se desagradado com iniciativas anteriores.
E, nesse processo, propositalmente ou não, a Samsung acabou resgatando marcas que muita gente (e talvez nem ela) lembrasse que já tinha sido utilizada anteriormente, e até mesmo em um outro contexto.
Nesse TBT, irei apresentar cinco exemplos de marcas que conhecemos de um jeito, mas já tinham sido apresentadas de outro.
Galaxy A (SHW-M100S)
Antes da marca Galaxy A virar a bem sucedida família de aparelhos de entrada e intermediários em 2015 (e que segue até hoje, com a mesma estratégia desde a reformulação da série, em 2019), ainda no ano de 2010, a Samsung lançou, com exclusividade na Coreia do Sul, o primeiro Galaxy A, pouco depois do lançamento do primeiro Galaxy S (GT-I9000).
Vendo a foto, uma coisa que chama a atenção é a marca Samsung não estar estampada, e o mesmo ocorre na traseira, mesmo sendo um aparelho lançado na terra natal dela. A explicação é que, na época, a Samsung ainda trabalhava com a marca "Anycall" nos seus lançamentos de dispositivos móveis por lá, iniciativa encerrada no ano seguinte.
Além disso, ver a marca "Android" estampada na frontal do aparelho me remete uma sensação curiosa, já que aqui no Brasil, nessa época, muitos clones de smartphones da Samsung e de outras empresas chegavam ao Brasil estampando a marca Android dessa forma, e quem olhava, já sabia que não era um aparelho de boa procedência. Lembrando ainda que, ao redor do mundo, os aparelhos com Android nessa época ainda estampavam a marca "with Google" na traseira, diferente deste caso aqui.
Sobre o aparelho em si, sua tela era de 3.7 polegadas do tipo Super AMOLED (impressionante pra época) ele tinha 384 MB de RAM, 1 GB de armazenamento interno, e utilizava o chipset TI OMAP 3430. Tinha uma câmera principal de 5 MP e bateria removível de 1500 mAh. Na época, suas configurações o faziam um smartphone premium, embora o armazenamento interno não chegava nem perto do Galaxy S (que era de 8 GB).
Por fim, é importante destacar a sua semelhança com outro aparelho lançado meses depois, desta vez, de forma global: o Galaxy Apollo (GT-I5801). Embora ele fosse um pouco menor, o design e principalmente o formato do botão HOME era bem parecido. As especificações dele também eram inferiores, quase como se fosse um "Galaxy A Lite".
Galaxy Fit (GT-S5670)
Muito antes da Samsung utilizar a marca Galaxy Fit em smart bands (e atualmente até em um smart watch mais simples) levando o termo "Fit" um pouco mais a sério, em 2011, ainda quando o Android estava se popularizando, a Samsung lançou um smartphone com essa marca, voltado para o mercado de entrada, em que o "Fit" no nome era só aleatório, mesmo.
Esse modelo foi lançado no Brasil, com exclusividade pela operadora Claro, e era basicamente uma versão um pouco melhor do Galaxy Mini (GT-S5570), vendido de forma mais ampla.
Além do design mais elegante, o tamanho da sua tela até impressionava, se comparado com modelos lançados posteriormente da mesma categoria, como Galaxy Pocket (GT-S5300) ou Galaxy Y (GT-S5360): 3.3 polegadas, só perdendo para o Galaxy Ace (GT-S5830), que tinha 3.5 polegadas.
Com um chipset Snapdragon S1, RAM de apenas 280 MB (o Galaxy Mini era um pouco melhor) e armazenamento de 512 MB (mas só com 160 MB disponíveis para o usuário), é um aparelho que envelheceu mal em pouco tempo, embora na sua categoria, estava na média na época, e era até um pouco superior a outros aparelhos lançados pouco depois.
Sua câmera principal era de 5 MP, e sua bateria era de 1350 mAh, quantidade até interessante, considerando que Galaxy Pocket e Galaxy Y tinham bateria menor, mesmo lançados depois.
Ele foi lançado com Android 2.2 Froyo e, contradizendo a má fama da Samsung de não atualizar seus aparelhos naquela época, o Galaxy Fit foi atualizado para o Android 2.3.4 Gingerbread (só não chegou no 2.3.6, que até o Galaxy Ace recebeu).
Galaxy J (SGH-N075T / SC-02F)
Em 2013, dois anos antes do lançamentos do Galaxy J1 (SM-J100), Galaxy J5 (SM-J500) e Galaxy J7 (SM-J700) - os primeiros da bem sucedida família de aparelhos de entrada Galaxy J (que durou até 2018), a Samsung já havia utilizado essa marca em um smartphone curiosamente da mesma categoria de um Galaxy S.
Pra se ter uma ideia, ele tinha basicamente as especificações do Galaxy Note 3 (SM-N900): chipset Snapdragon 800, 3 GB de RAM, 16 GB de armazenamento, câmera principal de 13 MP e câmera frontal de 2 MP, mas com as mesmas dimensões, tela e bateria do Galaxy S4 (GT-I9500): 5 polegadas Super AMOLED com Gorilla Glass 3, e bateria de 2600 mAh.
Seu visual se destacava pelo botão HOME ter a mesma cor da traseira, que no caso dele, podia ser azul, branco ou rosa, sendo a moldura da tela sempre preto.
Até onde pesquisei, ele só foi lançado em dois países: Taiwan e Japão, o que explica por que poucos o conhecem.
Galaxy K (SHW-M130K)
Anos antes do lançamento do Galaxy K Zoom (que comentarei em outro TBT, mas basicamente era um Galaxy S5 (SM-G900) com lentes fotográficas que lembravam câmeras profissionais), a marca Galaxy K já tinha sido utilizada em um smartphone que tinha basicamente as mesmas especificações do primeiro Galaxy S, assim como o Galaxy A comentado anteriormente. Aliás, foi lançado meses depois do primeiro Galaxy A, e assim como ele, apenas na Coréia do Sul, o que explica a marca "Anycall" na frontal, embora esse já tivesse a marca "Samsung" na traseira.
O botão HOME dele lembra bastante o utilizado posteriormente no Galaxy Y, e visualmente ele até lembra um pouco o Galaxy Ace Advance, aqui lançado como Galaxy Ace Duos (GT-S6802).
Seu chipset era o Hummingbird (da própria Samsung, antecessor dos Exynos), o mesmo do Galaxy S, mas aqui um pouco mais potente, com 1.2 GHz contra 1 GHz. Tinha 8 GB de armazenamento, e câmera principal de 5 MP.
Suportava TV Digital no padrão sul-coreano (similar ao Galaxy S, que aqui no Brasil também suportava TV Digital no nosso padrão), e a bateria era de 1500 mAh.
Galaxy M Pro (GT-B7800)
Em 2019, a Samsung trouxe os Galaxy M10 (SM-M105), Galaxy M20 (SM-M205) e Galaxy M30 (SM-M305), e eles continuam ganhando sucessores até hoje.
Mas 8 anos antes, a Samsung já tinha utilizado a marca Galaxy M, embora desta vez, de uma forma diferente.
Até onde pesquisei, não teve na época um aparelho chamado simplesmente de "Galaxy M", mas dois aparelhos "M alguma coisa".
O que veio primeiro foi esse, em Agosto de 2011, que pela foto, se percebe uma característica peculiar: ele tinha teclado QWERTY físico e até um botão direcional físico (num formato sensorizado, visto pela primeira vez no feature phone Ch@t 322 (GT-C3222), que fez algum sucesso no Brasil), mas ainda tinha tela sensível ao toque e executava o Android (no caso, o 2.3.6 Gingerbread).
Ele foi lançado junto com o Galaxy Y Pro (GT-B5510), que tinha a mesma proposta, mas era um pouco mais simples (seguindo a proposta do Galaxy Y principal).
Na verdade, o Galaxy M Pro pode ser visto como um sucessor do Galaxy Pro (GT-B7510). O motivo dele ter sido chamado de Galaxy M Pro ao invés de Galaxy Pro 2 é que é um mistério.
Ele tinha tela LCD de 2.66 polegadas, um chipset Single Core de 1 GHz da própria Samsung (mas não consegui confirmar o modelo exato). Também não se tem maiores informações de RAM e armazenamento, mas supostamente seja 512 MB e 2 GB, respectivamente.
Ele tinha uma câmera principal de 5 MP, e curiosamente também tinha uma frontal de 0.3 MP, pouco comum na época.
Galaxy M Style (SHW-M340)
Esse outro Galaxy M foi lançado em Janeiro de 2012, com exclusividade no mercado sul-coreano, e curiosamente pouco lembra o Galaxy M Pro.
Na verdade, se for olhar visualmente, ele lembra um pouco o Galaxy S Advance (GT-I9070), que aqui no Brasil foi lançado como Galaxy S2 Lite (GT-I9072).
Inclusive ele é pouca coisa menor que o S2 Lite, e tela parece ser a mesma: 4 polegadas Super AMOLED 480x800 pixels.
As especificações, no entanto, são um pouco mais simples: chipset Snapdragon S1 de 1 GHz (o S2 Lite utilizava o desconhecido NovaThor U8500, que já usava chip ARM mais recente), e armazenamento de 4 GB. A RAM não consegui confirmar, mas ou utilizava os mesmos 768 MB do S2 Lite ou menos.
A câmera principal era de 3.2 MP conta 5 MP do S2 Lite, a frontal era de 0.3 MP conta 1.3 MP, mas a bateria era um pouco maior: 1650 mAh contra 1500 mAh.
Assim como o Galaxy K, ele também tinha suporte a TV Digital no padrão sul-coreano.
Considerações Finais
Interessante perceber que todos os aparelhos desta lista são pouco ou nem um pouco conhecidos do grande público, e talvez isso tenha colaborado para a Samsung resgatar as suas marcas em aparelhos com outras propostas, mas sem provocar comparações.
Pra finalizar, uma última observação: poderia ter mencionado o primeiro Galaxy F, mas esse eu deixarei para comentar em um TBT dedicado a essa família de aparelhos, porque ele é um caso diferente dos desse artigo.
Se chegou até aqui, não deixe de dar uma olhada nos posts abaixo. Fique ligado no
Blog de Bruno A. Vieira.