Introdução
Estou de volta com mais um artigo, desta vez, apresentando todos os telefones celulares que eu tive desde o meu primeiro, aos 13 anos, em 2010, buscando, além de falar rapidamente de cada aparelho, apresentar algumas curiosidades e contextos referentes a ele, mas antes de começar, eu preciso dar um contexto geral da época e da minha realidade naquele momento.
Nesta época os smartphones estavam em ascensão de popularidade, embora já não fossem nenhuma novidade, com as marcas tentando se adaptar ao lançamento do iPhone, da gigante Apple, em 2007, que já estava ganhando refinamentos, como a adição de uma loja de aplicativos, além da empresa de Cupertino se preparar para o lançamento do iPad, naquele ano de 2010, ainda tendo o Steve Jobs ditando algumas direções destes que seriam seus últimos produtos antes de sua morte no ano seguinte.
O Android, em sua versão 2, mesmo com várias fabricantes já apostando no SO da Google, estava começando a tomar corpo, mesmo que, em recursos, ainda fosse inferior ao Symbian, encabeçado pela marca finlandesa Nokia (no último grande ano dela, que já estava tentando correr atrás do prejuízo por causa da Apple, porém, começando a tomar decisões erradas que selariam o futuro dela e a venda da divisão Mobile para a Microsoft, no ano seguinte), sendo que, só a partir do Gingerbread (versão 2.3) ele começaria a cair nas graças do público (contudo a liberdade de customização trouxe junto a fragmentação, cuja empresa de Mountain View ainda sofre hoje - em menos escala, já com o Android bem mais maduro e sem necessidade de tanta alteração como naquela época) mas ainda teria que se adaptar aos tablets para concorrer com a novidade citada no parágrafo anterior (o que, na ocasião passou longe de ser bem sucedido, onde só a partir da versão 12, mais de dez anos depois, é que teria uma experiência mais satisfatória e, particularmente, superar a principal concorrente).
No meu caso, tudo isso ainda era muito distante para mim, que, embora já soubesse mexer um pouco em computador, não era acessível para minha família e, sinceramente, não sentia necessidade de ter um celular que fosse e não tinha amigos tão próximos a ponto de ficar batendo papo em um, onde, junto com meu irmão, a televisão já bastava para me entreter e, além disso, também não saía muito de casa.
Mas as coisas começaram a mudar para mim em 09 de janeiro de 2010, quando meu pai me deu de presente um Nokia 1208 usado e passei cerca de um mês com ele, aprendendo todas as suas funções (para quem não sabe, era bem básico, com memória para algumas centenas de contatos, variações de cores da interface - cujo sistema, conhecido como s30, era simples porém bastante intuitivo, se comparando com outras marcas - além de toques polifônicos, rádio FM, calculadora, despertador e uma lanterna - nem câmera tinha muito menos um navegador de internet e memória de armazenamento) e curtindo o famoso jogo da cobrinha, o Snake Xenzia. Considerando o celular, sua bateria era muito boa. Mais detalhes podem ser vistos aqui. |
Então, em 14 de fevereiro surgiu uma oportunidade entre um LG flip básico (abrir e fechar, formado adotado pelo Samsung Galaxy Z Flip, por exemplo - o aparelho, aliás, já nem lembro o modelo) e o Nokia 2760 (imagem acima) e, analisando, percebi que o aparelho da marca finlandesa era muito superior e um upgrade nada desprezível em relação ao celular anterior. Com um software mais robusto, chamado de S40, já permitia a instalação de temas, aplicativos J2ME (uma versão básica do Java para feature phones, o principal runtime para apps da época antes do Android) como joguinhos e utilitários, fora uma câmera com a "incrível" qualidade VGA (640x480 pixels ou 0,3 MP), com navegador de internet WAP (uma versão simplificada da internet que existia na época antes da popularização dos smartphones - que, aliás, eu nunca cheguei a usar neste aparelho), sem deixar de citar o suporte à tecnologia Bluetooth (a principal forma de transferência de arquivos da época, considerando que o aparelho não tinha entrada USB e Wi-Fi era algo ainda novo e distante), tudo isso num armazenamento de "impressionantes" 12 MB (e sem expansão, o que quebrava bem as pernas, mas conseguia me virar como dava). Bom, pelo menos ele tinha uma charmosa telinha secundária e seu design era bastante confortável. Os detalhes podem ser vistos aqui (tempos depois minha avó teve acesso ao Nokia 2660, uma versão sem câmera, ficando algum tempo com ele). |
Então três meses se passaram e minha família teve acesso a três exemplares do Motorola RAZR V3, sendo que 1 ficou com minha mãe (que o usou por algum tempo), 1 comigo e outro com o meu irmão (os nossos eram de uma versão mais antiga do aparelho, dado o software diferente), que, embora com um design bem refinado e a tela secundária colorida, era inferior ao Nokia 2760, com funções mais limitadas no geral, citando como exemplo a gestão de contatos, que era mais confusa e impedia o salvamento via chip SIM, sem deixar de citar a bateria inferior. Pelo menos conheci e curti um pouco o jogo Blockbreaker Deluxe, da Gameloft, que vinha embarcado no aparelho da minha mãe. Mais detalhes podem ser vistos aqui (tempos depois ainda tive acesso ao V3i, que tinha suporte a cartão de memória - mas ficou pouco tempo conosco - e ao seu sucessor, o V8, com design muito elegante e sonho de consumo na época que foi lançado, quando o iPhone ainda engatinhava, mas sem o mesmo sucesso). |
Mas não durou duas semanas e já tive acesso ao meu primeiro aparelho Samsung: o Fame (SGH-F250L), um salto considerável em relação aos meus aparelhos anteriores, com suporte a cartão de memória e uma câmera de 1.3 Megapixels, embora o software não tenha sido dos melhores da marca sul-coreana, com tons em roxo e suporte J2ME bastante limitado em comparação com os aparelhos da Nokia. Mesmo assim ainda fiquei dois meses com ele até que começou a dar defeito no cabo flat que ligava a tela ao teclado (muito comum em aparelhos do tipo slide). Mais detalhes podem ser vistos aqui. |
Quase dois meses depois eu o troquei pelo Beat Techno (GT-M2520), um aparelho da linha focada em reprodução de músicas MP3 (que tentava concorrer com os dispositivos XpressMusic, da Nokia, mas que, embora fossem aparelhos chamativos, como o Beat Disco - GT-M2510, que o meu pai teve por um bom tempo - o Beat Twist - GT-M2710, que minha avó também teve por algum tempo, no exemplar rosa - e o Beat Pop - GT-M2310, em formato flip, que a minha mãe teve por pouco tempo, na cor marrom - não foi tão bem sucedido), que possuía um software um pouco melhor em relação ao Fame, mas com os mesmos problemas, incluindo o funcionamento diferente do Bluetooth. Só que também deu problema no flat e tive que desfazer dele. Veja aqui seus detalhes. |
Dessa forma, meu pai, que tinha vendido seu Nokia 5200 Azul (como a foto acima) que ele já tinha por dois anos e meio para ficar com o Beat Disco acabou o recuperando e eu o usei por mais dois meses, sendo uma boa experiência em um aparelho que eu já conhecia (ainda mais com o conhecimento que eu tinha adquirido nos últimos meses), aproveitando bem o suporte USB que ele possuía quando eu ia à LAN House perto de casa, fora o diferencial do suporte à infravermelho (IrDA), que usei ocasionalmente em transferência de arquivos em determinados aparelhos que precisavam, como alguns Sony Ericsson e o LG GM205, até que ele parou de funcionar e tive que me desfazer dele. |
Depois de alguns dias sem celular, em 03 de novembro de 2010, apareceu em minhas mãos um aparelho que eu gosto até hoje: o Nokia 5310 XpressMusic, que já me chamava a atenção em anúncios pelo seu design fino na época e ser particularmente bonito, ainda que não fosse muito superior ao Nokia 5200. Eu o recebi com a placa à mostra, vindo junto com uma carcaça preta que não era original (semelhante à foto acima) e o instalei do jeito que deu (tanto que a câmera não ficou muito boa) e o aproveitei nos quatro meses seguintes antes de vendê-lo à contragosto, já que não estava em boas condições. Mais detalhes podem ser vistos aqui (nesta mesma época minha mãe teve acesso ao Nokia 5130, bem semelhante mas com software mais revisado e uma câmera, embora igual - 2 MP - tinha uma qualidade superior, ficando um bom tempo com ele). |
Depois de mais um mês sem celular, meu pai conseguiu um Motorola Motokey (EX112) praticamente novo, que também foi um salto (tinha acabado de ser lançado pela então divisão americana de celulares, a Motorola Mobility, que seria vendida em 2012 para a Google), com uma câmera superior e um bom teclado QWERTY, ainda que o software não fosse dos melhores (muito básico e pouco original, lembrando os aparelhos falsificados da China da época) e a bateria fosse inferior ao Nokia 5310, Mais detalhes aqui. |
Cinco meses depois e tive acesso à versão dual chip, o Motokey Dual (EX115), caracterizado pela cor marrom e passei o anterior para o meu irmão. A sensação era que ele é um aparelho mais pesado, embora seja idêntico à versão single SIM. Também funcionou sem grandes problemas comigo. Clique aqui para mais detalhes. |
Mais cinco meses se passaram e apareceu em nossas mãos o Motokey Mini Dual (EX109), também bem recente naquela ocasião e decidi trocá-lo, o que não foi uma decisão muito inteligente, já que era muito inferior à versão normal (downgrade de câmera, tela, bateria), relativamente pesado e com sensação de ser mais frágil. Com isso fiquei só um mês com ele. Mais detalhes aqui. |
Então, em Abril de 2012 chegou em minhas mãos um aparelho bastante marcante para mim: o Nokia E63, com seu design refinado e robusto, incluindo seu sistema, o Symbian 9.2 (S60v3), que dava muitas possibilidades em relação aos que eu tinha usado anteriormente, sendo meu primeiro com suporte à rede sem fio (numa época que eu já tina computador com internet banda larga ADSL de 1 Mb), com uma bateria considerável (ainda que o software não fosse muito otimizado, mas durava bem). Mais detalhes aqui. |
Então depois de oito meses, tomei outra decisão não muito inteligente e o troquei pelo Nokia Asha 200, visivelmente mais frágil, abrindo mão do suporte ao Wi-Fi e retrocedendo para o s40, agora revisado (vale ressaltar que, nesta época, minha mãe usava o Nokia C3-00 Rosa, muito superior, já que possuía o suporte à rede sem fio e também tivemos o Nokia X2-01, muito semelhante ao aparelho que eu tive, porém mais robusto), Mais detalhes aqui. |
Depois de dois longos meses, finalmente troquei por outro aparelho, retornado para um da marca Samsung: o Ch@t 357 Duos (GT-S3572), que possuía um sistema bastante refinado e com padrões bem definidos (mesmo ainda persistindo o problema do J2ME limitado) e um design chamativo (também recebi um exemplar praticamente novo, sendo um aparelho recente para a época), ainda que tivesse bateria inferior e, no geral, não fosse muito melhor que o Asha 200, mas, pelo menos, recuperei o acesso ao Wi-Fi. Clique aqui para mais informações sobre ele. |
Por alguma razão que eu não me recordo, depois de mais oito meses, passei o aparelho anterior para o meu irmão e usei o Motorola Moto TV 2 (EX139) por pouco tempo, sendo um celular que nossa família tinha como contingência, muito pelo seu suporte à TV Digital. No mais, além da fraca tela sensível ao toque resistiva, o software tinha os mesmos problemas da linha Motokey. Mais detalhes clique aqui. |
Algumas semanas depois, tive acesso ao Samsung Star 3 Duos (GT-S5222), basicamente uma versão touchscreen do Ch@t 357, com um software que não era muito otimizado e com os mesmos problemas, fora o fato de ser relativamente pesado e frágil (quero ressaltar que minha família já teve acesso a versões anteriores que eram semelhantes, como o Corby, o Star e sua variante com TV Digital, o Star TV). Aqui para mais informações. |
Mas a virada veio para mim em 9 de fevereiro de 2014, quando eu ganhei meu primeiro smartphone de fato (em tese, o Nokia E63 se encaixa na categoria, mas ainda carecia de elementos que o definissem como tal, como uma loja de aplicativos), que foi o Samsung GALAXY Y (GT-S5360B), que, por ser concebido como um aparelho de entrada na época de seu lançamento, em Outubro de 2011 (tanto que na caixa dele já propagandeava como "seu primeiro smartphone com muitos recursos"), de fato, foi a porta de entrada de muitos para o Android (aqui, na bem sucedida versão 2.3.6 Gingerbread, que, particularmente, considero como se fosse o "Windows XP" do SO da Google, por ter refinado a experiência e a estabilidade das versões anteriores e introduziu conceitos usados até hoje), porém, com apenas 180 MB de armazenamento (destes, somente 100 disponíveis) e incríveis 290 MB de RAM (sim, antes do Android praticamente ninguém falava disso), o uso de cartão de memória era praticamente obrigatório e a liberação do acesso super usuário (o famoso root) era um processo encorajado para liberar um pouco de memória e remover apps desnecessários (sim, a reclamação por bloatware é antiga); fora isso, bateria (1220 mAh), tela (320x240, de incríveis 3 polegadas, frente às "telhas" com o dobro disso, que já estavam ficando populares) e câmera (2 MP) eram bem fraquinhos e a experiência, no geral, era medíocre (só que, numa época pré-Moto G, era o que tinha) e fiquei dois meses com ele. Mais detalhes clique aqui. |
Em seguida, tive acesso ao Samsung GALAXY Pocket Plus Duos (GT-S5303B), que, em tese, era um upgrade em relação ao Galaxy Y: agora tinha 4 GB de armazenamento interno (com metade disponível para uso) e Android 4.0 Ice Cream Sandwich (que dava mais possibilidades, como mais aplicativos da Google, como o Chrome), só que, na prática, como o hardware não era muito diferente, a experiência conseguia ser ainda mais sofrível pelo software não ser nada otimizado e lentidão era seu estado padrão. Fiquei um mês e meio com ele. Como sempre, clique aqui para mais informações. |
Então acabei fazendo, desta vez, um downgrade para o GALAXY Pocket padrão (GT-S5300B), voltando para o Android 2.3 e, curiosamente, era um pouco mais leve que o aparelho anterior, contudo sentia que o software era um pouco menos estável que o Galaxy Y. Também fiquei um mês e meio com ele. Detalhes aqui. |
Então chegou em minhas mãos, praticamente novo, um aparelho que me marcou bastante: o Samsung GALAXY Young Duos TV (GT-S6313T), exclusivo do Brasil, que, como o nome diz, vinha com suporte à TV Digital (inclusive com antena embutida, que funcionava sem grandes problemas - aliás, um de seus grandes destaques), saltando para o Android 4.1.2 Jelly Bean (já bastante otimizado em relação ao ICS e desempenho bastante honesto para o que se espera dele, aliado aos 768 MB de RAM), câmera de 3.2 MP (nada surpreendente), pequena melhora na bateria (1300 mAh) e processador (1 GHz). Particularmente sinto falta de vários dos recursos da TouchWiz Nature UX que se perderam com o tempo (eu sei que é uma opinião polêmica, já que a interface feita pela empresa sul-coreana era muito criticada na época - e olha que era uma versão simplificada em relação ao GALAXY S3, flagship do momento) e da usabilidade como um todo, como o aplicativo de música (que eu usei bastante). Desta vez, consegui aproveitar por seis meses (depois eu ainda consegui um outro exemplar do Nokia E63 e também usei temporariamente o Motorola Moto TV 2 que ainda estava com minha família antes de conseguir o aparelho que falarei a seguir). Detalhes aqui. |
Se o anterior já tinha me marcado bastante, este aqui então foi de outro nível: em 15 de março de 2015 tive acesso ao Motorola RAZR i (XT890), que, seguramente, foi um dos melhores aparelhos que eu já usei até hoje (mesmo tendo acesso a smartphones superiores posteriormente), com construção mais refinada (ainda que fosse de plástico, transmitia um pouco de robustez, ainda mais com suporte à Gorila Glass), câmera de 8 MP (e filmava em Full HD - aliás, gostava da qualidade dela), Android 4.4.2 KitKat (originalmente veio com o ICS e acompanhei a novela que foi a empresa americana - cuja divisão mobile tinha passado para a Google naquela época - enviar para o aparelho, cujo processador era Intel - de arquitetura x86, diferente dos ARMv7 da época - foi um fator complicador e, embora particularmente não tivesse grandes problemas, o suporte de aplicativos ainda não era tão bom como hoje), 8 GB de armazenamento interno e 1 GB de RAM (era bastante fluído no meu uso), 2000 mAh de bateria (meu primeiro aparelho que não era removível, que aguentava bem no meu uso), aliado à tela Super AMOLED de 4,3 polegadas (apesar do leve Burn in, comum neste tipo de componente), foi uma experiência bastante satisfatória e aguentou bem durante um ano e meio que eu estive com ele. Detalhes aqui. |
Porém, uma semana após pegar o RAZR i, por decisão de minha família, acabei usando por três semanas antes de voltar para ele o Motorola Moto E Dual TV 1ª Geração (XT-1025), que, apesar de suas especificações não serem tão diferentes do citado anteriormente, era visivelmente menos robusto e mais pesado, cujo Android (na época que eu usei também era 4.4.2 e, embora mais puro, era visivelmente menos otimizado, o que ficou bastante perceptível quando foi atualizado para o 5.1 Lolipop, que ainda estava se adaptando às novas mudanças internas que eu citei em meus artigos do Android x86) e o downgrade na tela (IPS de mesmo tamanho), menos armazenamento (4 GB), câmera muito inferior (não só pelos 5 MP mas a qualidade como um todo) e, mesmo a bateria sendo praticamente igual, pelas questões citadas, durava menos, fora que o app de TV Digital (que dependia de uma antena externa plugada na entrada no fone de ouvido) também não era dos melhores, deixavam a experiência a desejar (e olha que já era um salto em relação aos aparelhos de mesma categoria na época). Detalhes aqui. |
Avançando, depois que tive que me desfazer do RAZR i, em Setembro de 2016, voltei a usar um aparelho Nokia, desta vez, o Lumia 530 (convenhamos que aqui já tinha mais mãos da Microsoft do que da empresa finlandesa, por causa da aquisição da divisão mobile em 2013), cuja experiência, no geral, era um tremendo downgrade até mesmo se comparado com o Moto E (mesmo tendo especificações semelhantes, onde nem a bateria levemente superior salvava) e, durante quase dois meses, fiz alguns experimentos (como relatado neste artigo depreciado sobre como atualizar para o Windows Phone 8.1 Update 2, já que ele não era elegível para o Windows 10 Mobile) mas era evidente que, mesmo naquela época, o limitado sistema já não conseguia atender as necessidades de um usuário já acostumado com o Android. Detalhes aqui. |
Então, voltando para onde eu não deveria ter saído, fiquei quase três meses com o Samsung GALAXY Win Duos (GT-I8552L), com uma tela de 4,7 polegadas (muito grande para os meus padrões na época), retrocedendo para o Android 4.1.2 (muito semelhante ao do GALAXY Young) e, de resto, especificações novamente bastante parecidas com o Moto E, contudo, no geral, não era nada surpreendente e não me parecia tão otimizado quanto eu gostaria. Detalhes aqui. |
Seguindo para 29 de janeiro de 2017, tive acesso ao famoso Motorola Moto G Dual (XT1033), que eu citei quando eu falei do GALAXY Y, já que foi um divisor de águas no mercado de smartphones, onde, embora não fosse tão robusto, suas especificações eram acima da média para sua faixa de preço (menos de 1000 reais na época) e o sistema era bastante otimizado e eu desempenho, no geral, bem honesto (muito pelo seu processador de quatro núcleos), o que ajudou na sua popularização; na época atrapalhava um pouco o fato dele não ter entrada para cartão de memória, o que comprometia o que tinha disponível dos seus 8 GB de armazenamento (em comparação com o Moto E e, aliás, não pude ter acesso à versão pouco conhecida do Moto G com o slot Micro SD disponível) mas, de resto, não tenho muito o que reclamar. Detalhes aqui. |
Quase sete meses depois, voltei para a Samsung com o também popular GALAXY Grand Prime Value Edition Duos (SM-G531H), que ajudou a estabelecer o que antes era conhecido como "phablets" (smartphones de tela grande, chegando perto aos tablets da época) como o novo normal (as "telhas" que eu tinha citado anteriormente) e, mesmo com um sistema com vários recursos removidos - não suportava app de Música da marca sul coreana, por exemplo - era bastante estável (mesmo no Android 5.1 Lolipop e uma versão limitada da TouchWiz 4 - pena que o processador Spreadtrum limitou um pouco as atualizações), com uma bateria que tinha boa duração no meu uso e a câmera de 8 MP até que não fazia feio (e, de quebra, foi meu primeiro aparelho com suporte à rede 4G). Comecei com um exemplar Dourado e troquei por um exemplar Branco no último dos quatro meses que utilizei ele (já cheguei a mexer o Gran Prime original em outras ocasiões que passou pela minha família, que dava a impressão de ser um pouco mais pesado e menos otimizado, onde também foi uma novela ele ter chegado do Android 4.4.4 ao 5.0.2). Detalhes aqui. |
Daí no final de 2017 tive acesso ao Moto G 2ª Geração Dual TV (XT1069), que já tinha mexido algumas vezes no passado antes de usá-lo por um pouco mais de cinco meses, que, se a versão anterior já não era tão robusto, aqui, por ser maior e mais pesado, a impressão de fragilidade era ainda mais nítida e, no geral, partes estratégicas (como bateria, processador e tela) não tiveram aprimoramentos, o que prejudicaram um pouco seu desempenho, onde o sistema já não era tão estável e, mesmo trazendo a entrada para cartão e, no caso deste aparelho, a presença da TV Digital (na prática com os mesmos problemas do Moto E) não ajudaram a torná-lo mais atrativo e minha experiência foi bastante mediana. Detalhes aqui. |
Em seguida tive a felicidade de utilizar o Samsung GALAXY S5 Mini (SM-G800H), que, se em recursos nem se comparava com o S5 original (que minha família também teve por algum tempo), seu tamanho o tornava muito interessante para mim e, no meu dia a dia, a bateria aguentava bem, além de que o Android 5.1.1 era bem otimizado e menos limitado em relação ao Gran Prime, com câmera e tela de boa qualidade e constrição, no geral, robusto. Fiquei seis meses com ele (embora quisesse tê-lo utilizado por mais tempo). Mais detalhes aqui. |
Saltando para 09 de novembro de 2018, tive acesso a um exemplar praticamente novo do Samsung GALAXY J2 Prime Duos TV (SM-G532MT), também exclusivo do Brasil, com o Android 6.0.1 Marsmallow (só que aprimorado graças à interface Grace UX que, embora limitado em comparação com o GALAXY S7, é bastante otimizado e deu uma sobrevida ao projeto que ainda remetia ao Gran Prime), onde, mesmo mantendo a bateria, ainda tinha boa duração no meu uso. Comecei com a cor dourado e, uma semana depois, passei para meu irmão e usei outro exemplar na cor preta, durante cinco meses. Mais detalhes aqui. |
Depois decidi trocar por um Motorola Moto G4 Play Dual TV (XT1603) que, embora já não lembrasse muito a fase áurea da primeira geração, graças ao Android 7.1.2 Nougat (já bastante estável), tive uma experiência satisfatória pelo que eu esperava dele e a bateria, que era removível, até que não fazia feio. Pena que a câmera não ajudava muito. Mais detalhes aqui. |
Depois de três meses, tive a chance de trocar por um Motorola Moto G5 Dual TV (XT1672), que, aliado ao particularmente ótimo Android 8.1 Oreo, vinha com aprimoramentos relevantes em relação ao G4 Play, como a tela e câmera superiores, 2 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, Wi-Fi que, embora não suportasse a especificação AC, possuía o recurso MIMO (que permitia o uso de redes 5 GHz), sendo o meu primeiro aparelho com Nano SIM e impressão digital e, no geral, me agradou bastante, utilizando por onze meses (mesmo que a tampa traseira, pelo fato de já ter sido usado, não estivesse muito boa e o áudio já estava chiado). Detalhes aqui. |
Pelos poréns citados, tive que me desfazer do aparelho anterior e, enquanto eu não conseguia outro smartphone, fui obrigado a "usar" um Nokia 7230 do meu pai que estava encostado, entre maio e junho de 2020, destacando que, fora o fato de ter os joguinhos Bounce Tales e Diamond Rush que eu gostava, a idade já o denunciava, pela bateria velha de guerra não segurar carga (lembrando que é um aparelho lançado em 2010, onde o 3G era o que tinha), além de que a câmera (3,2 MP) não ser das melhores e as gavetas de Mini SIM e Micro SD eram muito problemáticas desde a sua concepção (fácil de soltar e perder), aliado ao fato de não suportar Wi-Fi e o WhatsApp não suportar mais o s40 já fazia algum tempo (sim, o mensageiro se popularizou durante a fase áurea da Nokia antes de ser presença obrigatória no Android e iOS, - pelo menos no Brasil), não foi um mês fácil. De toda forma, detalhes podem ser vistos aqui. |
Pulando para 22 de junho de 2020, por indicação de meu irmão, eu consegui um exemplar do Samsung GALAXY J5 Pro (SM-J530G), um aparelho não tão popular por aqui, que tinha um design refinado com o uso do alumínio, e embora tivesse uma câmera competente, Android 9 Pie (o meu primeiro com a interface One UI), o hardware era em linha com o que eu já utilizava e a bateria também me satisfazia bem. Mais detalhes aqui. |
Como o aparelho anterior já não estava muito bom, novamente, por indicação do meu irmão, troquei pelo Samsung GALAXY J7 Duo (SM-J720M), que também entra na linha dos não tão populares e lembro que o fato dele ser maior que o J5 Pro me incomodava (mas já era um caminho sem volta, onde aparelhos com menos de 5 polegadas hoje é raridade) mas acabei me acostumando, ganhando no processador superior e mais memória (tanto de armazenamento quanto RAM - 32 e 3 GB, respectivamente), coincidindo com a época em que tive que abandonar o uso de cartões de memória (convenhamos que seu uso está cada vez mais desnecessário nos últimos tempos, pela memória do aparelho ser mais rápida e, no meu caso, não armazeno fotos no aparelho, sempre transferindo para o computador) e, apesar de perder um pouco na câmera, o hardware ainda era em linha nas minhas necessidades. Detalhes aqui. |
Em 28 de agosto de 2021 acabei voltando para a Motorola, desta vez com o Moto G5S Plus Dual TV (XT1898), que veio até mim por acaso, cujo hardware não era tão diferente do J7 Duo e, embora tivesse o retrocesso do Android (do 9 para o 8.1 - até que, pela qualidade da versão Oreo, não perdi muito, embora o fato de ser mais puro já me incomodava um pouco) e na tela (Super AMOLED para IPS), ele tinha diversos aprimoramentos em relação ao próprio Moto G5, como o processador melhor, câmera com aprimoramentos (Dual LED e filmagem em 4K) e fiquei quase cinco meses com ele. Detalhes aqui. |
Como eu já tinha passado por quase todos os modelos iniciais da linha Moto G (exceto o da terceira geração, que até cheguei a mexer em algum momento, mas já se percebia um declínio em relação aos dois primeiros), eu tinha a vontade em ter um modelo da sexta geração, muito pelo seu tamanho e pelo Android 9 Pie, e acabei realizando em 16 de janeiro de 2022, com o Moto G6 Play Dual (XT1922), só que a experiência não foi das melhores, pois o aparelho estava com defeito na parte da rede e, embora seu hardware estivesse mais próximo do G4 Play, a bateria de 4000 mAh era um ponto forte (porém, como seu software não era muito otimizado, não refletiu em vantagem). Fiquei apenas duas semanas com ele. Mais detalhes aqui. |
Coincidentemente, minha família tinha conseguido um Samsung GALAXY A10s (SM-A107M) e pude, depois do desastre com o aparelho anterior e pelo fato de estar insatisfeito com a qualidade dos aparelhos da Motorola e do Android puro, começar a usá-lo e o upgrade era notável para mim: saltei da versão 9 para a 11 (com a One UI 3) e, embora o hardware estivesse em linha com os aparelhos anteriores, tinha a mesma bateria do G5S Plus, mas com a vantagem de um sistema mais otimizado, aproveitando bem a boa duração para o meu uso, e embora tenha ficado quase onze meses com ele, eu gostaria de tê-lo usado por mais algum tempo (só que, ao mesmo tempo, eu usava um GALAXY A12 Nacho na empresa em que eu trabalhava - depois a minha mãe chegou a comprar novo para ela - e os recursos do Android 12 - ainda que fosse limitada pela One UI Core, como o RAM Plus e o aplicativo de captura - já me chamavam a atenção e me trazia o sentimento de que a versão R estava superada). Detalhes aqui. |
Daí aconteceu o seguinte: o meu irmão já estava de olho há muito tempo no Samsung GALAXY XCover Pro (SM-G715U1), um modelo pouco popular que, diferente dos padrões da linha, chegou a ser vendido em lojas de departamentos, e suas características como bateria removível (raríssimo nos últimos tempos), alta resistência e atualizações frequentes do Android (começou no 10 e chegou até o 13, com patches de segurança mais periódicas que nos smartphones intermediários mais populares), me chamavam muita a atenção e apareceu a oportunidade de comprá-lo por 1000 reais no site da fabricante (metade do preço original, muito pelo fato de que já estava em fim de linha) e foi meu primeiro aparelho novo, comprado na caixa e o aproveitei muito, onde os botões extras laterais e o LED de notificação (gostava desde os Moto G, onde sinto falta nos modelos mais populares) foram as partes mais interessantes dele. Meu irmão fez um review mais detalhado no blog dele, podendo ser visto aqui. |
Só que a duração da bateria me incomodava bastante e, neste sentido, novamente por indicação do meu irmão, eu comprei, em 18 de fevereiro de 2024, o Samsung GALAXY M34 5G (SM-M346B/DS), meu primeiro aparelho com esta opção de rede disponível (na prática, ainda não consigo usá-la, por causa do meu SIM antigo), onde a bateria de 6000 mAh foi o que me saltou os olhos e, até o momento de lançamento deste artigo, vai muito bem no meu uso, onde destaco o Android 14 (e os recursos da One UI 6, sendo a primeira vez que uso uma versão do SO da Google em linha com o ano de lançamento), as câmeras triplas (a macro e a ultrawide são muito úteis no meu dia a dia) e o fato de ainda vir com a entrada para a fone de ouvido (algo que está entrando em extinção, já que não me adaptei com os fones Bluetooth), além dos 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. O meu irmão também deu suas primeiras impressões dele, que pode ser encontrado aqui. |
Considerações finais
A intenção era apresentar alguns celulares que demonstrassem como chegamos aos smartphones disponíveis na época em que este artigo foi postado, para uma geração que talvez já não lembre direito ou mesmo nem saiba como era um mundo sem tela sensível ao toque, sem aplicativos (muito menos mensageiros ou redes sociais) ou mesmo sem internet (em grande parte do tempo), já que estes aparelhos eram designados para chamadas e mensagens mesmo (algo que mal utilizamos nos últimos tempos ou se deixou em segundo plano).
Eu sei também que, graças aos contatos da minha família, tive acesso a mais celulares que normalmente alguém teve ou teria acesso em condições normais e, por isso, eu reconheço que fui privilegiado por isso e que esta condição possa ser vista com algum estranhamento (sem relação com coleção, já que sempre foi para uso diário), mas espero que o artigo tenha cumprido o objetivo de mostrar curiosidades de uma outra realidade (e olha que eu peguei pouco da época monocromática do celulares, como o Motorola C210 da minha mãe - que usou por mais de seis anos - e o Nokia 2280 do meu pai - este durou pouco na minha família, por razões que eu desconheço), onde celulares evoluíam constantemente (mais ou menos como foi com os computadores de mesa dos anos 80 até meados dos anos 2000) até chegar no estagnação, com aparelhos "mais do mesmo", do final da décadas de 2010 e meados de 2020.
Abaixo, links que podem complementar o conhecimento e trazer as últimas novidades deste mundo digital:
- https://www.tudocelular.com/
- https://www.zdnet.com/
- http://androidpolice.com/
- https://www.androidauthority.com/
- https://canaltech.com.br/
- https://tecnoblog.net/
- https://www.youtube.com/@bgeeks
Agradeço por ter ter chegado até aqui e, mais uma vez, recomendo a seção de comentários para dúvidas, impressões e sugestões. Não deixe de dar uma olhada nos outros artigos e análises do Blog de Bruno A. Vieira.